terça-feira, 21 de dezembro de 2010

VIDA

Era uma combinação especialmente improvável, difícil de que se acontecesse. A probabilidade de que a união química entre as moléculas complexas que deram origem à vida era tão pequena, que é inimaginável para a mente humana, até mesmo com calculadoras de ultimo nível de tecnologia. Se já era quase impossível em condições normais, pior ainda no lugar e o no momento em que o principal fato da história do universo (depois do seu próprio nascimento) aconteceu. A Terra não era o lugar mais propício para o surgimento da vida, logo no inicio de sua formação. Inóspito e inadequado, o planeta sofria de reações furiosas das atividades sísmicas e chuvas nem tão amigáveis como as de hoje.

Mas aconteceu. E o que surgiu nem foi tão simples. Claro que, comparado com o que vemos hoje, até nós mesmos, a vida naquele período era simples, mas enganam-se quem acha que era simples “ser” vida no início. Não me atrevo a tentar explicar qualquer combinação química que veio a formar o primeiro ser. Só me pergunto, por que diachos, em um cenário tão improvável de evolução, houve evolução? Como? Não abaladas pela péssima experiência que devem ter vivido, as tais bactérias que sobreviveram no caos da infância terrestre seguiram se adaptando às diversas mudanças que o futuro lhes oferecia. E falo de milhões de anos. Até que, de simples bactérias, tornassem seres capazes de rastejar, ou sei lá o que, a luta por sair do oceano, ainda quente, era fundamental para dar continuidade nessa bonita história de sobrevivência.

Por um paradoxo, a vida que sempre evolui, e se renova, tem em cada indivíduo, um “ciclo” que tem fim. Digamos que seja a parábola da vida. Sim! Cada ser cresce, chega ao topo, decai e morre. Estaria na matemática quadrática a explicação de um paradoxo que eu mesmo criei? Ou uma simples metáfora para explicar às crianças o processo de nascer e morrer? Me perdi. E é deste modo, com tantas dúvidas, que passamos milhares de anos tentando descobrir o que raios aconteceu realmente. Podemos estar perto da resposta, mas saber por que aqueles primeiros seres resolveram evoluir... Creio que continuará sendo um mistério.

Somos resultado de combinações que deixam as cabeças dos cientistas ardendo. E estas improbabilidades continuam a acontecer. Na união dos gametas das diversas espécies, onde células passam por barreiras que dificultam a fecundação, até a difícil sobrevivência dos recém-nascidos no meio selvagem. E a vida superou tudo isto. Mesmo que o resultado final deste processo seja a morte, há uma continuidade seja de qualquer forma no ciclo vital. Não morreremos todos ao mesmo tempo. E você chateia-se por não ter acertado na loteria?